(Foto de Gregor Rohrig)
Estamos nos finalmentes da primeira fase da copa da África 2010...
Fiquei lembrando quando vi pela primeira vez um jogo da Copa, em 1978 eu tinha quase 4 anos, mas lembro de ver todo mundo lá em casa na sala torcendo pelo Brasil. Isso considerando que ninguém por lá se interessava por futebol, mas lá estavam todos...meus pais, meus irmãos todo mundo junto na torcida. Achava legal ter todo mundo junto, isso raramente acontecia. Minha mãe que não suportava futebol, se desesperando a cada pênalti perdido e comemorava eufórica cada vez que o Brasil acertava. Infelizmente não fomos campeões... fiquei super desapontada. Na próxima copa, 1982 eu já era uma mocinha com meus quase 8 anos de idade, e já podia tomar algumas decisões importantes, como já era minha segunda copa já havia me apaixonado pelo futebol e ficava disputando a TV com meus irmão para ver os jogos que não eram do Brasil, aqueles que ninguém lá em casa queria saber. Com meu vasto conhecimento futebolístico a essa altura sempre que conseguia a TV, aplicava critérios aprimoradíssimos para escolher o time para o qual eu torceria. Escolhia o que estivesse com a camisa da cor que eu mais gostasse, e aí começava a torcida, certamente depois do fim do jogo se me perguntassem quem havia ganho eu diria com todo orgulho "o time de camisa Azul", ou seja lá qual a cor escolhida, mas não tinha idéia do nome da seleção. Mais uma vez o Brasil não levou a copa, e isso se repetiu por muitas vezes. Eu já conseguia escolher com um pouco mais de critério as seleções preferidas, mas continuava frustrada por não ver o Brasil campeão. Até que em 1994 vi pela primeira vez o Brasil levantar a copa, inesquecível.
São muitas lembranças e muita emoção, a Copa do Mundo realmente é algo que comove a nação Brasileira. É interessante ver como o Brasileiro torna-se particularmente patriota na copa. O país inteiro unido em uma mesma emoção, o país simplesmente para pra ver os jogos da nossa amada Seleção Canarinho.
No ultimo jogo, fiquei olhando pela janela no intervalo, como meu prédio é bem alto vejo boa parte da Zona Oeste e até perto da Av. Paulista, impressionante ver São Paulo sem um carro sequer nas ruas, sem uma única pessoa caminhando. Silêncio absoluto, nas ruas pelo menos. Pois o som ensurdecedor das malévolas Vuvuzelas não paravam de sair das casas e prédios nos arredores.
Um Brasil verdadeiramente unido com um único objetivo, honrar a torcida pela seleção Brasileira. Nesse momento, torcedrores do Brasil, palmeirenses, corinthianos, sãopaulinos, santistas, botafoguenses, fluminensistas, esmeraldinos, vilanovenses...Times pelo Brasil a fora. Todos em um grito contido esperando a oportunidade de gritar juntos o gooooooool. E mais do que isso a esperança que renasce a cada inicio de mundial de poder soltar o “é campeão” a nação Brasileira suspende a respiração esperando o momento do “é hexa”e mais uma vez ver o nosso capitão erguer a taça. Seleção Brasileira motivo de orgulho mundial! Não tem onde se passe nesse planeta e não se escute ao identificar-se Brasileiro Brasil Futebol", a identificação é imediata e o carinho das demais nações é algo impressionante, lógico levando em consideração a exceção do nosso vizinho da América latina. Todos os lugares menos lá...
Toda essa comoção, união, patriotismo dos momentos de copa me leva a pensar, onde estaria o Brasil se os Brasileiros se unissem não apenas na torcida pela seleção. Se a paixão pelo Brasil não surgisse apenas de quatro em quatro anos e durasse um mês apenas. Se as diferenças que desaparecem nesse momento se mantivessem ausentes em todo o tempo, e a paixão pelo futebol pudesse refletir na paixão pela vida, na preocupação com as necessidades do próximo, no não tirar vantagem em tudo, mas simplesmente lutar pela vida melhor dos que estão próximos e distantes. E assim seriamos verdadeiramente uma grande nação, respeitada mundialmente pela inclusão social, pelos direitos igualitários, pela preservação da natureza, pela economia verdadeiramente sustentável. Aí sim na copa ou fora dela orgulho de ser Brasileiro sempre!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
Ah O Amor....
(Foto de Kristin Manson)
Na próxima semana teremos a data brasileira para o dia dos namorados, não sei se por essa razão ou por nada muito específico resolvi escrever sobre o amor. A minha idéia de amor, talvez um pouco inusitada ou por demais romântica para muitos, mas é o que acredito que seja o amor verdadeiro.
Acredito em um sentimento tão raro e sublime que seria impossível não ser correspondido. Muito diferente do “gostar de alguém”, muito mais simples do que o “estar apaixonado”.
Com o passar do tempo comecei a perceber que aquela idéia ingênua de que seria simples ter um relacionamento onde haja amor não é nada simples. E o que ouvi muitas vezes de amigos ou de mim mesma, querer alguém que apenas me ame e a quem eu ame. Isso é muito mais complexo que minha mente adolescente poderia possivelmente imaginar. Com o passar do tempo comecei a perceber que estar com alguém, seja casado ou namorando não significa que você ame ou seja amado. Sentimento é sempre algo bem controverso e é difícil em meio a um turbilhão de emoções você não acreditar verdadeiramente que está amando e finalmente encontrou o tão sonhado “amor da sua vida” até que o sonho acabe.
Não estou dizendo que não acredito no amor, muito pelo contrario sou uma romântica incurável. Não saberia duvidar dele nem por um minuto.
A questão é que nos últimos anos, especialmente depois dos 30, comecei a analisar mais de perto os relacionamentos de amigos, parentes e colegas, e cheguei a uma conclusão um pouco arrasadora... O amor, aquele genuíno, é um sentimento muito raro e são muito poucos os que realmente o encontram. Isso independe de estar solteiro ou casado, viver bem ou não no seu relacionamento.
O que eu entendo por amor é um conjunto de coisas simples que acabam por forjar o mais complexo dos sentimentos.
Encontrar na ternura do olhar do outro o abrigo e refúgio para todo o mal, ao lado da pessoa amada sentir-se protegido. E ter o desejo intenso de proteger aquele a quem se ama de toda e qualquer dificuldade.
Conseguir fazê-lo sorrir quando ele está cansado, e saber que o abraço que ele te oferecerá terá o mágico poder de fazer toda a dificuldade do seu atribulado dia ir embora.
Amar é querer andar de mãos dadas no parque, escrever bilhetinhos com palavras de carinho feito dois adolescente, isso independente da idade ou fase da vida na qual encontram-se.
Quando se ama de verdade não importa o quão maravilhoso é o lugar onde se está, se o outro não estiver junto nada terá graça, porque no fundo você imagina que com aquela pessoa tudo seria mais divertido e mais bonito. Isso não significa que você pare de viver quando estiverem distantes um do outro, mas que acreditam que estar juntos é mais belo que qualquer outro premio.
Quem ama não consegue estar em um lugar legal e não lembrar da pessoa amada. Não pegar uma conchinha na areia da praia e levar de lembrança. Difícil não ver algo do qual o outro se agradaria e não lembrar instantaneamente da risada de satisfação que o outro daria se estivesse ali, e assim difícil não sorrir lembrando com ternura do seu amado distante e sentir aquela saudade que aperta o peito mas que ao mesmo tempo te traz alegria por saber que em breve estarão juntos novamente.
Sabe quando você olha para a pessoa e vocês conseguem entender o que um e outro estão pensando e sem pronunciar uma única palavra os dois caem em uma gargalhada submersa em cumplicidade? Isso é amar.
Saber estar em silêncio e oferecer um abraço ou o ombro, e saber que poderá contar com isso quando você também precisar.
Ter uma musica secreta, que foi escolhida para embalar o romance. Ter prazer em dormir abraçado, ficar horas se olhando, perder-se no tempo enquanto conversam seja lá sobre qual assunto for. Não importa, o que vale é estarem juntos, rirem juntos, chorarem juntos, trocar juras de amor eterno. E acima de tudo entender que são abençoados e que foram agraciados com o mais sublime dos presentes, viver um grande amor.
Quem ama volta a ser criança, brinca de roda, de pipa, vai ao parque, come pipoca e algodão doce e tudo isso parece ser o programa mais divertido do mundo.
Quem ama também tem jantares românticos , regados a boa comida, bom vinho, boa conversa e muito carinho e ternura.
Outro dia ouvi o comentário de uma amiga, que na minha opinião encontrou esse amor de que falo. Ela disse algo como, depois de 12 anos ainda sinto um arrepio na espinha quando ele me beija. Quem ama de verdade guarda sempre o desejo dos primeiros dias de namoro, não importa o quanto o tempo passe ou o quanto fiquem juntos.
Quem encontra o amor verdadeiro terá sempre o melhor amigo no amado, pois tal cumplicidade não é possível ser encontrada em outra pessoa.
Quem ama de verdade espera sinceramente poder envelhecer junto, e entender que cada momento vivido ao lado da pessoa amada é muito, mas muito precioso...
“I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away and dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you
Is a moment of treasure...” Diane Warren
Na próxima semana teremos a data brasileira para o dia dos namorados, não sei se por essa razão ou por nada muito específico resolvi escrever sobre o amor. A minha idéia de amor, talvez um pouco inusitada ou por demais romântica para muitos, mas é o que acredito que seja o amor verdadeiro.
Acredito em um sentimento tão raro e sublime que seria impossível não ser correspondido. Muito diferente do “gostar de alguém”, muito mais simples do que o “estar apaixonado”.
Com o passar do tempo comecei a perceber que aquela idéia ingênua de que seria simples ter um relacionamento onde haja amor não é nada simples. E o que ouvi muitas vezes de amigos ou de mim mesma, querer alguém que apenas me ame e a quem eu ame. Isso é muito mais complexo que minha mente adolescente poderia possivelmente imaginar. Com o passar do tempo comecei a perceber que estar com alguém, seja casado ou namorando não significa que você ame ou seja amado. Sentimento é sempre algo bem controverso e é difícil em meio a um turbilhão de emoções você não acreditar verdadeiramente que está amando e finalmente encontrou o tão sonhado “amor da sua vida” até que o sonho acabe.
Não estou dizendo que não acredito no amor, muito pelo contrario sou uma romântica incurável. Não saberia duvidar dele nem por um minuto.
A questão é que nos últimos anos, especialmente depois dos 30, comecei a analisar mais de perto os relacionamentos de amigos, parentes e colegas, e cheguei a uma conclusão um pouco arrasadora... O amor, aquele genuíno, é um sentimento muito raro e são muito poucos os que realmente o encontram. Isso independe de estar solteiro ou casado, viver bem ou não no seu relacionamento.
O que eu entendo por amor é um conjunto de coisas simples que acabam por forjar o mais complexo dos sentimentos.
Encontrar na ternura do olhar do outro o abrigo e refúgio para todo o mal, ao lado da pessoa amada sentir-se protegido. E ter o desejo intenso de proteger aquele a quem se ama de toda e qualquer dificuldade.
Conseguir fazê-lo sorrir quando ele está cansado, e saber que o abraço que ele te oferecerá terá o mágico poder de fazer toda a dificuldade do seu atribulado dia ir embora.
Amar é querer andar de mãos dadas no parque, escrever bilhetinhos com palavras de carinho feito dois adolescente, isso independente da idade ou fase da vida na qual encontram-se.
Quando se ama de verdade não importa o quão maravilhoso é o lugar onde se está, se o outro não estiver junto nada terá graça, porque no fundo você imagina que com aquela pessoa tudo seria mais divertido e mais bonito. Isso não significa que você pare de viver quando estiverem distantes um do outro, mas que acreditam que estar juntos é mais belo que qualquer outro premio.
Quem ama não consegue estar em um lugar legal e não lembrar da pessoa amada. Não pegar uma conchinha na areia da praia e levar de lembrança. Difícil não ver algo do qual o outro se agradaria e não lembrar instantaneamente da risada de satisfação que o outro daria se estivesse ali, e assim difícil não sorrir lembrando com ternura do seu amado distante e sentir aquela saudade que aperta o peito mas que ao mesmo tempo te traz alegria por saber que em breve estarão juntos novamente.
Sabe quando você olha para a pessoa e vocês conseguem entender o que um e outro estão pensando e sem pronunciar uma única palavra os dois caem em uma gargalhada submersa em cumplicidade? Isso é amar.
Saber estar em silêncio e oferecer um abraço ou o ombro, e saber que poderá contar com isso quando você também precisar.
Ter uma musica secreta, que foi escolhida para embalar o romance. Ter prazer em dormir abraçado, ficar horas se olhando, perder-se no tempo enquanto conversam seja lá sobre qual assunto for. Não importa, o que vale é estarem juntos, rirem juntos, chorarem juntos, trocar juras de amor eterno. E acima de tudo entender que são abençoados e que foram agraciados com o mais sublime dos presentes, viver um grande amor.
Quem ama volta a ser criança, brinca de roda, de pipa, vai ao parque, come pipoca e algodão doce e tudo isso parece ser o programa mais divertido do mundo.
Quem ama também tem jantares românticos , regados a boa comida, bom vinho, boa conversa e muito carinho e ternura.
Outro dia ouvi o comentário de uma amiga, que na minha opinião encontrou esse amor de que falo. Ela disse algo como, depois de 12 anos ainda sinto um arrepio na espinha quando ele me beija. Quem ama de verdade guarda sempre o desejo dos primeiros dias de namoro, não importa o quanto o tempo passe ou o quanto fiquem juntos.
Quem encontra o amor verdadeiro terá sempre o melhor amigo no amado, pois tal cumplicidade não é possível ser encontrada em outra pessoa.
Quem ama de verdade espera sinceramente poder envelhecer junto, e entender que cada momento vivido ao lado da pessoa amada é muito, mas muito precioso...
“I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away and dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you
Is a moment of treasure...” Diane Warren
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