domingo, 19 de dezembro de 2010
Natal....
(Foto de Lidi Faria)
Eis que surge no Céu uma estrela que guia magos do oriente, um coro celestial traz o anuncio aos pastores nos campos e a profecia se cumpre. Nasceu em Belém Jesus, o messias prometido, o Rei dos Reis! Deus em um gesto de amor supremo se fez homem e veio entre nós habitar!
Como estava escrito no livro do profeta Isaías... “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz.”
Estamos a uma semana do Natal, toda decoração da cidade e das casas já está posta, a Av. Paulista está mais deslumbrante que nunca, certamente é minha decoração de natal preferida em SP. A luz espalhada por todos os prédios refletindo nas ruas, trazendo encanto a todos que por ali passam. A magia do natal reflete na alma das pessoas que cruzam a avenida todos os dias...
Tudo muito lindo, cheio de musica e clima de festa. Infelizmente junto com toda beleza vem o apelo comercial, da compra de presentes, do consumismo nada necessário.
Isso me fez pensar em um fato importante, estamos rodeados de pessoas sem a menor condição de comemorar um natal nos moldes e padrões comercialmente mostrados na TV, como sendo a razão da existência dessa festa. Deus veio ao mundo e habitou entre nós e tudo que se mostra na TV é que precisamos comprar e comprar, o sentido do natal é gastar tudo que se pode e muito mais o que não se pode. Imagine as muitas famílias que vivem hoje com menos de 2 reais por dia, não tem condições de alimentar adequadamente os filhos e alem de tudo vão ter que explicar pra eles por que é que Papai Noel nunca leva presentes...
Fico imaginando como seria se todos resolvessem trocar os muitos presentes por um gesto de amor, bem simples, olhar para o lado enquanto passeia pela cidade. Dar-se conta de o quanto os excluídos estão tão perto, e lhes é negado o mínimo de dignidade. Os pequeninos estão tão próximos, é tão comum ver pessoas passando fome, vivendo nas ruas, implorando por comida ou ajuda. Essa cena ficou tão comum que passou a ser tratada por todos com indiferença, com a certeza de que problemas sociais não nos dizem respeito. Amar ao próximo, virou clichê, entender quem é o próximo tornou-se uma tarefa que exige tempo para olhar para o lado, tempo que nos foi roubado pelo egoísmo e indiferença nossa de cada dia. O mais complicado é que a indiferença nem sempre é apenas com os de longe, respeitar a vida começa em casa, com seu filho, seu pai, seu irmão, aquele parente que só faz bobagem...
Repartir o que se tem com quem nada tem... nem sempre é dinheiro, amor se reparte em um abraço, em oferecer um ombro amigo, ouvir, chorar junto... Investir tempo, mostrando assim que você realmente se importa. Claro que é também oferecer um prato de comida a quem tem fome, uma oportunidade a quem não tem saída, esperança a uma criança... Sorrir é o gesto mais simples capaz de mudar o mundo. Amar, sempre amar, ter o coração pronto a comover-se com a necessidade do outro, seja ele de dentro de sua casa ou da rua. Coração comprometido em favor da vida.
Lembre-se a mensagem maior de Jesus quando veio habitar entre nós, foi o amor ao próximo, ninguém é o fim em si mesmo. Alimenta a quem tem fome, abrace a quem precisa de consolo, divida com quem tem necessidades, entenda que a vida vale mais, muito mais!!
Feliz Natal a Todos!
Hino de Natal - Primeiro Natal
“Eis que um anjo proclamou o primeiro natal
A uns pobres pastores ao pé de Belém
Que nos campos a guardar seu rebanho, afinal,
Suportavam, da noite, o frio também.
Natal! Natal! Natal! Natal!
É vindo ao mundo o Rei Divinal!
De repente lá no céu, linda estrela surgiu,
E no oriente brilhou com estranho fulgor.
Veio à terra forte luz, que do céu lhe caiu,
Muitas noites, ainda, em fulgente esplendor.
Tal estrela apareceu e os magos guiou
Pela estrada a Belém, rumo certo os conduz.
E chegando ali, por fim, a estrela parou,
Mesmo acima da casa em que estava Jesus.
E os magos, com afã e sublime temor,
Os joelhos dobraram naquele lugar,
Para ofertas liberais, e de raro valor
Qual incenso, ouro e mirra, ao menino entregar.
E como eles, vimos nós com intenso fervor,
Dar louvores sinceros a quem nos amou;
Adorar de coração o Supremo Senhor
Que, morrendo na cruz, nossas almas salvou!”
sábado, 4 de dezembro de 2010
Nárnia – O Peregrino da Alvorada
Hoje foi a Premiere Brasil do Peregrino da Alvorada, e resolvi escrever um pouco sobre minha ligação com Nárnia e o que achei do filme.... Não pretendo fazer uma resenha do filme, até porque o pessoa do http://narnianos.com/ já fez uma muito boa por sinal!!
Bem, quando eu era criança, bem criança mesmo acho que uns 4 ou 5 anos, lembro que tinha uma desenho em alguma emissora que não sei dizer qual era, mas o desenho era baseado em O leão a Feiticeira e o Guarda roupas, e esse foi sem duvida nenhuma meu primeiro contato com um mundo de fantasia, que me levava a viajar.... Depois que vi esse desenho pela primeira vez eu costumava me refugiar em Nárnia, muitas e muitas vezes encontrei a passagem do guarda roupas e me vi em Nárnia vivendo aventuras , obviamente em sonhos, mas mesmo em sonhos essa minha viagem a Nárnia mudou minha forma de ver o mundo, e despertou em mim a imaginação além do tempo e do espaço, a magia , a fantasia e a criatividade passaram a fazer parte da minha vida de uma forma muito intensa.
Mais tarde quando li pela primeira vez As crônicas de Nárnia, fiquei mais encantada ainda com o mundo descrito por Lewis de forma tão sublime... Lembro-me que estava de férias e que devorei o livro com as 7 crônicas em uma semana, e durante esse tempo mal falava com as pessoas, comia ou dormia, não podia me afastar daquele mundo fantástico que eu já conhecia de leve mas que agora estava inteiramente ao meu dispor, vivi verdadeiramente cada uma das aventuras descritas, me emocionava, sofria, me alegrava, eu estive verdadeiramente vivendo em Nárnia nessa semana, tudo mais era perda de tempo, e apenas me afastava das aventuras escondidas em cada página dos livros...
Nessas últimas semanas agora, estive vivendo a expectativa do lançamento de mais um filme baseado nas crônicas de Nárnia, O Peregrino da Alvorada. Já me acostumei com a palavra adaptação nas grandes produções baseadas em livros, foi-se o tempo em que eu sofria, mas entendi, se Tolkien e CSLewis entenderiam por que não eu?? Então já consigo ver os filmes sem esperar que seja tudo fiel ao que li.
Nos últimos dias especialmente, eu estava vivendo mais uma expectativa, ir à premiere, ver o filme antes do lançamento oficial. Vários dos meus amigos me questionaram, que diferença faria, ver antes ou depois do lançamento, que Lewis os perdoe eles não sabem o que dizem... Mas já entendi, apenas um Narniano genuíno poderia entender o quanto seria importante ter a oportunidade de ver o filme antes mesmo dele ser lançado, participar do evento de pré-estréia, sentir-se parte do processo.
Pois bem, consegui finalmente o tão sonhado convite para a premiere e lá fui eu hoje, às 10 da matina ver o filme aqui em Sampa. Imaginem a empolgação e ansiedade por chegar lá... Tudo estilizado, pôsteres do filme, o pessoal que nos recepcionava de camisetas do Peregrino, tudo muito bem preparado. Infelizmente tivemos um atraso de uns 40 minutos para o inicio do filme, enquanto isso dále pipoca , pra quem não sabe elas são ótimas pra TPF (tensão pré filme), santo remédio.
Finalmente a luz se apagou e teve inicio o tão esperado episodio das Crônicas de Nárnia, não demorou muito para começar a magia, e o quadro no quarto em que Lucia estava hospedada na casa do primo com Edmundo tornar-se o portal de passagem para Nárnia, foi emocionante vê-los surgirem no meio do oceano na frente da embarcação narniana O Peregrino da Alvorada, fantástico, começava ali mais uma aventura... Lucia, Edmundo, Caspian e Ripchip juntos uma vez mais e agora o chatinho do Eustáquio, alias chatinho é bondade. Eu também já estava com saudades de reencontrá-los. Para quem é fã inveterado de Lewis e leu algumas vezes as crônicas, certamente a aventura mostrada na grande tela foi bem mais rápida do que desejaríamos.
As viagens em busca dos Fidalgos de Nárnia, não seguiram exatamente a mesma sequência de peregrinação pela ilhas do livro, e houveram algumas invencionices que entendo como parte da adaptação obviamente. Algumas ilhas foram visitadas em seqüência inversa, algumas aventuras foram vividas em ilhas diferentes da narrativa do Lewis, alguns elementos foram criados. Entendo que a idéia foi de tornar a trama mais atrativa para aqueles que verão o filme. Mas em alguns momentos senti muita falta de vários elementos que trariam mais sentido à trama. Senti que muita coisa era jogada, sem que se mostrasse o sentido ou de onde veio. Eu que tava lá com tudo que li fresquinho na cabeça, claro que como boa narniana reli o Peregrino da Alvorada antes da estréia, não dava para correr o risco de deixar passar algum detalhe...
Bem, tudo que estou relatando aqui não significa que não gostei do filme, muito pelo contrário, a produção é fantástica, os efeitos são muito bem elaborados e no contexto geral vale muitíssimo a pena ir ao cinema ver o filme. Tanto é que assim que estrear na próxima semana irei com certeza mais uma vez assistir ao Peregrino da Alvorada.....
Toda a aventura vivida vale ser vista com toda atenção , e não vou descrever tudo que se passa até porque como já afirmei não tenho a idéia de fazer uma resenha e sim dar minha impressão de como foi o filme.
Mas gostaria de falar um pouco do final, emocionante. Como comentei na pagina dos Narnianos, difícil não chegar às lágrima com o final. Retrata de forma quase fiel o descrito por Lewis nas paginas das Crônicas, e na minha opinião é o papo mais emocionante de todas as crônicas, entre os filhos de Adão e Aslam.
A criação desse momento foi caprichadíssima pelos produtores do filme, tudo perfeito. Emoção e magia pura!
Resumindo... Não percam a oportunidade de assistir ao Peregrino da Alvorada, vale muito a pena! Presentaço de fim de ano!!
E para finalizar as ultimas palavras de Aslam no livro, quando Lucia e Edmundo perguntam se ele está também no mundo deles:
"- Estou. Mas tenho outro nome. Têm de aprender a conhecer-me por esse nome. Foi por isso que os levei a Nárnia, para que, conhecendo-me um pouco, venham a conhecer-me melhor."
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