sábado, 21 de agosto de 2010

VIVO - Lenine/Carlos Rennó


(foto de Steve Bailey)

"Precário, provisório, perecível;

Falível, transitório, transitivo;

Efêmero, fugaz e passageiro

Eis aqui um vivo, eis aqui um vivo!

Impuro, imperfeito, impermanente;

Incerto, incompleto, inconstante;

Instável, variável, defectivo

Eis aqui um vivo, eis aqui...

E apesar...

Do tráfico, do tráfego equívoco;

Do tóxico, do trânsito nocivo;

Da droga, do indigesto digestivo;

Do câncer vil, do servo e do servil;

Da mente o mal doente coletivo;

Do sangue o mal do soro positivo;

E apesar dessas e outras...

O vivo afirma firme afirmativo
O que mais vale a pena é estar vivo!

É estar vivo

Vivo

É estar vivo

Não feito, não perfeito, não completo;

Não satisfeito nunca, não contente;

Não acabado, não definitivo

Eis aqui um vivo, eis-me aqui." Lenine/Carlos Rennó

Um comentário:

  1. Olá, tudo bem? Bom por um acaso pelo twitter entrei em seu blog, legal essa poesia, você tem talento, muito bom mesmo, invista nisso.
    Parabéns.

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